terça-feira, 16 de setembro de 2008

Paris Hilton must die!

A quem sonha em ter TV por cabo para fugir do marasmo acéfalo da TV aberta, más notícias: a acefalia se estende aos canais pagos.

Comprovei isso alguns dias atrás. Chegando em casa já de manhã depois de passar a madrugada discutindo o regime político dos Smurfs num bar da Consolação, comecei a rodar pelos canais e topei com uma reprise de The Simple Life na Fox.

O programa, vocês já devem saber, é asquerosamente ruim. O episódio que vi mostrava Paris Hilton, símbolo máximo das celebridades que são famosas ainda que ninguém saiba por quê, e alguém que se apresenta como filha de Lionel Ritchie (apesar de se parecer tanto com ele quanto eu me pareço com Charlie Watts), num acampamento de verão. Muitas coisas na cultura americana provam que aquela é uma parte do mundo propensa a gerar idiotas, e os acampamentos são uma delas. Mas falarei disso numa outra ocasião.

O fato é que Paris Hilton nunca fez absolutamente nada que justifique sequer que as pessoas saibam seu nome, e mesmo assim é adorada em todo o mundo. Pasquins de todo o mundo estampam fotos suas semanalmente, e ela até gravou um disco – prova de que para entrar na indústria fonográfica só não é preciso saber cantar.

Por uma coincidência que não tem qualquer ligação conhecida com o fato anterior, topei com o já lendário filme pornô caseiro estrelado pela moçoila. Então é por isso que ela é famosa, pensei. Nada que valha todo o barulho, devo dizer. Talvez o fato da moça estar sempre com cara de bunda, até durante o sexo. Se sou eu que estou na cama com uma mulher que faz aquela cara de "o que será que está passando na TV?" durante o ato, eu jogava a desgraçada escada abaixo na mesma hora.

E mesmo assim ela é cultuada Internet afora, com milhares de desocupados acompanhando tudo que ela não faz. Patético.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

You shook me all night long


Eu pagaria para vê-la dançando a noite toda.

Não me sinto à vontade em lugares onde não conheço ninguém, e antes dela chegar minha noite parecia destinada a ser uma completa perda de tempo...mas tudo mudou a partir do momento em que ela passou por aquela porta.

Todos os meus problemas pareciam se desfazer feito antiácido na água quente enquanto ela se mexia ao ritmo da música. Ou enquanto a música atendia aos desígnios dos seus movimentos, eu estava tão hipnotizado por ela que já não conseguia distinguir.

Com o inevitável amanhecer, a música cessou, a pista ficou vazia, ela e eu voltamos para nossas casas. Voltaram também todos os meus problemas, mas eu me sentia pronto para enfrentá-los, como se caminhasse sobre nuvens.